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Parlamento Iraniano aprova fechamento do estreito de Ormuz para gerar crise no abastecimento do petróleo no mundo

Protegido pelos EUA, o estreito é a principal rota marítima para navios petroleiros no mundo — e responsável por cerca de 20% do transporte global da commodity. Medida ainda precisa passar pelo Conselho de Segurança e pelo aiatolá Khamenei para entrar em vigor.

23/06/2025 às 11h18 Atualizada em 23/06/2025 às 11h43
Por: Lukas Dutra Fonte: G1
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Navio passa pelo estreito de Ormuz — Foto: REUTERS/Hamad I Mohammed/File Photo
Navio passa pelo estreito de Ormuz — Foto: REUTERS/Hamad I Mohammed/File Photo
  • O Parlamento do Irã aprovou fechamento do Estreito de Ormuz, via marítima localizada entre Omã e o Irã, por onde passa cerca de 20% de todo o petróleo do mundo.

  • A medida ainda precisa passar pelo Conselho de Segurança e pelo aiatolá Khamenei para entrar em vigor.

  • O bloqueio da via marítima é considerado uma retaliação do governo iraniano aos ataques dos EUA a três instalações nucleares do país.

  • O preço do petróleo já registra forte alta desde a última sexta-feira (13), quando começaram as ofensivas. Só no primeiro dia de conflito, o salto foi de 8%.

Conflito no Oriente Médio: o papel estratégico do Estreito de Ormuz

Após o bombardeio ordenado por Donald Trump contra instalações nucleares no Irã, o Parlamento do Irã aprovou fechamento do Estreito de Ormuz, segundo a mídia local.

A medida ainda precisa passar pelo Conselho Supremo de Segurança Nacional e pelo aiatolá Khamenei para entrar em vigor.

O bloqueio interrompe o fluxo de cerca de 20% de todo o petróleo comercializado globalmente.

O bloqueio da via marítima, localizada entre Omã e o Irã, é considerado uma retaliação do governo iraniano aos ataques dos EUA a três instalações nucleares do país.

Os EUA são os responsáveis por proteger a navegação comercial no Estreito de Ormuz. A região é monitorada pela 5ª Frota da Marinha americana, com base no Bahrein.

O fechamento do Estreito de Ormuz pode provocar a disparada no preço do barril de petróleo. Com o confronto entre Israel e Irã, navios petroleiros foram orientados por agências marítimas a redobrar a cautela na região.

O preço do petróleo já registra forte alta desde a última sexta-feira (13), quando começaram as ofensivas. Só no primeiro dia de conflito, o salto foi de 8%. Veja o acumulado:

Petróleo chega a subir mais de 14% mas cotação perde força ao longo do pregão

A disparada já no primeiro dia de conflito representou um dos maiores movimentos intradiários (que acontecem no mesmo dia) para ambos os contratos desde 2022, quando a invasão da Ucrânia pela Rússia provocou um salto nos preços da energia.

Analistas do JPMorgan afirmaram que, no pior cenário, o fechamento do estreito ou uma retaliação por parte dos principais produtores de petróleo da região poderia elevar os preços para a faixa de US$ 120 a US$ 130 por barril.

Ao longo dos últimos anos, o Irã já ameaçou bloquear o estreito em diversas ocasiões, mas nunca cumpriu a promessa.

Uma das vezes foi em 2019, quando o presidente dos EUA, Donald Trump, retirou-se do acordo nuclear firmado com o país — o republicano, inclusive, busca atualmente um novo acordo com os iranianos.

Veja abaixo outros detalhes sobre o estreito.

Estreito de Ormuz — Foto: Arte/g1
Estreito de Ormuz — Foto: Arte/g1

'Artéria' do trânsito mundial de petróleo

O Estreito de Ormuz conecta o Golfo Pérsico (ao norte) com o Golfo de Omã (ao sul), e "deságua" no Mar da Arábia. Na sua parte mais estreita, o estreito tem 33 km de largura, com canais de navegação de apenas 3 km em cada direção.

Cerca de um quinto de todo o consumo mundial de petróleo passa pelo estreito. Entre o início de 2022 e maio deste ano, aproximadamente 17,8 a 20,8 milhões de barris por dia de petróleo bruto, condensado ou combustível fluíram diariamente pelo local, segundo dados da plataforma de monitoramento marítimo Vortexa.

Membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) como Arábia Saudita, Irã, Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Iraque exportam a maior parte do seu petróleo através do estreito, principalmente para a Ásia.

Os Emirados Árabes e a Arábia Saudita buscam rotas alternativas para não depender do estreito.

O Catar, um dos maiores exportadores mundiais de gás natural liquefeito, envia quase toda sua produção através do estreito.

Segundo a Administração de Informação de Energia dos EUA, havia cerca de 2,6 milhões de barris por dia de capacidade ociosa nos oleodutos existentes desses países, que poderiam ser usados para contornar Ormuz (dados de junho do ano passado).

 

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