Na manhã desta terça-feira (11), a Câmara Municipal foi palco de um discurso acalorado a 2ª Sessão Ordinária, envolvendo a vereadora Lourdes Monteiro (PL).
Tudo começou com uma crítica em um grupo de mensagens instantâneas, ganhou proporções maiores no plenário, dividindo opiniões e expondo tensões entre os parlamentares.
A polêmica teve início quando a vereadora Lourdes Monteiro utilizou o regimento interno da Casa, que ela chamou de "Bíblia dos Vereadores", para demonstrar sua indignação com o que classificou como desrespeito por parte de um colega de parlamento.
A vereadora afirmou que utiliza a tribuna para se expressar livremente e criticar quem julga necessário, mas lamentou um episódio ocorrido em um grupo de um aplicativo de mensagens instantâneas administrado por um ex-vereador. Segundo ela, um colega teria feito comentários hostis sobre seu trabalho, afirmando não o conhecer.
Em um primeiro momento, Lourdes optou por não revelar o nome do vereador envolvido. No entanto, após ser provocada pelo vereador Marcelino, que argumentou que a omissão do nome poderia gerar especulações injustas na população, ela decidiu identificar o colega.
"Cada um é responsável por seus atos. Se não revelamos quem cometeu a hostilidade, a população acaba imaginando coisas e suspeitando de quem não tem culpa", disse Marcelino, que na sessão da semana passada já havia defendido que ataques a um vereador são, na sua visão, ataques a todo o parlamento.
Sob pressão, Lourdes revelou que o vereador Jelson Bernabe (Rep.) seria o autor dos comentários que a teriam ofendido. Procurado pelo Líder News, Jelson negou qualquer atitude hostil. Ele explicou que, ao ser mencionado no grupo por um apoiador de Lourdes, respondeu: "Procure sua vereadora para atender a demanda".
O ex-vereador que administra o grupo também se manifestou, afirmando que o ambiente é democrático e que o ocorrido foi um mal-entendido.
Lourdes, por sua vez, reiterou ao Líder News que se sente ofendida com a situação. Ela destacou seu histórico de atuação em defesa dos direitos dos funcionários públicos, professores, mulheres e pacientes com câncer, além de seu trabalho fiscalizador no legislativo. "Tenho um trabalho riquíssimo e uma história de luta. Fiscalizar o poder público é minha função, e faço isso com dedicação", declarou.
A discussão, que roubou a cena da sessão, deixou claro que as tensões entre os vereadores estão acirradas. O episódio sugere que as próximas sessões podem ser marcadas por debates ainda mais acalorados, especialmente entre os parlamentares que se posicionam em lados opostos da mesa. Enquanto isso, a população aguarda para ver se o clima de conflito persistirá ou se os vereadores encontrarão um caminho para o diálogo e a conciliação.
Mín. 19° Máx. 26°