Na madrugada do dia 2 de fevereiro de 2025, por volta das 04:00h da manhã, a Polícia Militar foi acionada por vizinhos que ouviam gritos de socorro em uma chácara localizada no Jardim Planalto, em Ponta Porã.
Ao chegarem ao local, os policiais ouviram os gritos de uma pessoa pedindo ajuda. Após se identificarem como agentes de segurança, a vítima, um homem de 48 anos, informou que estava trancado no banheiro, todo machucado e, inclusive, com um corte na cabeça.
Os policiais arrombaram a porta da propriedade e conseguiram resgatar o homem, que relatou ter sido alvo de uma violenta ação criminosa perpetrada por seu próprio irmão, de 41 anos, e um comparsa desconhecido.
De acordo com a vítima, o irmão, que é usuário de drogas, invadiu a residência durante a noite, armado com um facão. Ele, junto com o comparsa, exigiu que a vítima entregasse todo o dinheiro que possuía, sob graves ameaças. Após subtrair a quantia de 200 reais, os agressores iniciaram uma série de torturas físicas, utilizando pauladas e cortes de machete, enquanto exigiam que a vítima entregasse uma quantia maior, que acreditavam que ele havia recebido de seu patrão.
A situação se agravou quando a vítima conseguiu se trancar no banheiro, onde ficou a mercê das ameaças dos agressores, que tentaram atear fogo, jogando gasolina na porta do banheiro, porém, desistiram após não encontrarem fósforo ou isqueiro para concluírem a ação. Foi apenas após os gritos de socorro que os criminosos fugiram do local, permitindo que a polícia chegasse a tempo de resgatá-lo.
A polícia, em diligências subsequentes, conseguiu localizar o autor (41), que é irmão da vítima nas proximidades da Avenida Belmiro de Albuquerque. Durante a abordagem, ele negou qualquer envolvimento no crime, apesar de ter um histórico criminal extenso, incluindo passagens por estupro, furto e violência doméstica. O autor possui , ainda, três mandados de prisão em aberto no Paraguai pelos crimes de roubo e homicídio de um idoso.
A vítima, inicialmente relutante em buscar atendimento médico, decidiu priorizar o registro da ocorrência, que acabou revelando uma série de fraudes e tentativas de burlar a justiça por parte do autor, que havia utilizado dados de outros familiares em tentativas anteriores de escapar de sua situação.
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