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Trump quer anexar Canadá, Panamá e Groenlândia

Republicano diz que quer controlar a Groenlândia, que atualmente é administrada pela Dinamarca, e insinuou que o Canadá deveria ser incorporado aos EUA. Afirmações foram feitas durante coletiva de imprensa, nesta terça-feira (7).

07/01/2025 às 17h30 Atualizada em 07/01/2025 às 17h40
Por: Luan Dutra Fonte: g1
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Presidente eleito dos EUA, Donald Trump, dá coletiva de imprensa em Mar-a-Lago em 7 de janeiro de 2025. — Foto: REUTERS/Carlos Barria
Presidente eleito dos EUA, Donald Trump, dá coletiva de imprensa em Mar-a-Lago em 7 de janeiro de 2025. — Foto: REUTERS/Carlos Barria

A duas semanas da posse, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (7) que vai mudar o nome do Golfo do México para "Golfo da América". Durante coletiva em Mar-a-Lago, o republicano não descartou o uso militar para tomar o controle do Canal do Panamá ou da Groenlândia. Ele também sugeriu anexar o Canadá.

"Nós vamos mudar o nome do Golfo do México para 'Golfo da América', que nome bonito. É apropriado porque o México tem um déficit enorme com a gente, e nós fazemos todo o trabalho lá", afirmou Trump. "América" é o jeito como os norte-americanos se referem aos EUA.

Ainda não está claro o que Trump pretende com a fala nem como ocorreria a mudança de nome. Também não ficou claro se a medida seria uma referência ao controle da região.

O Golfo do México é o maior golfo do mundo, sendo cercado por terras da América do Norte e da América Central. A região tem uma superfície de aproximadamente 1,55 milhão km², e seu subsolo é rico em petróleo. Além dos EUA, o golfo banha o México e Cuba.

O republicano reiterou que aplicará "tarifas pesadas" para o México e o Canadá, alegando ser para compensar pelo alto fluxo de drogas entrando nos EUA.

Em relação ao Canadá, Trump sugeriu que o país fosse incorporado aos Estados Unidos, se tornando o 51º estado norte-americano. O presidente eleito disse ainda que poderia usar "força econômica" para uma fusão entre os dois países.

 

"Você se livra da linha traçada artificialmente e observa como ela fica... e também seria uma segurança financeira muito melhor", disse.

Segundo o presidente eleito, os Estados Unidos gastam demais para defender o Canadá e defendeu que o país deixe de comprar madeira ou carros canadenses, já que "não precisa" dos produtos do vizinho.

Canal do Panamá e Groenlândia

Trump voltou a falar sobre o Canal do Panamá, o qual ele já disse ter a intenção de tomar o controle durante seu governo. O canal é controlado pelo governo do Panamá há 25 anos, mas foi administrado pelos EUA até 1999.

"O Canal do Panamá foi construído para o Exército dos EUA. Ele é vital ao nosso país e está sendo operado pela China, e estão fazendo uma catástrofe. Dar o canal do Panamá ao Panamá foi um grande erro", afirmou Trump. Não há evidências de que a China controle o Canal do Panamá.

Na mesma linha, Trump disse que vai considerar sanções econômicas à Dinamarca por conta da Groenlândia. O país europeu administra a ilha no Atlântico Norte, que Trump quer tomar para os EUA.

Essa não é a primeira vez que Trump diz que deseja controlar a Groenlândia. Em 2019, durante o primeiro mandato dele como presidente, o republicano disse que os Estados Unidos deveriam comprar a ilha. À época, a Dinamarca respondeu que não estava vendendo seus territórios.

Atualmente, a Groenlândia abriga uma base militar dos Estados Unidos, uma vez que a Dinamarca é uma aliada de longa data do governo norte-americano.

Nesta terça-feira, ao ser questionado se ele conseguiria controle do Canal do Panamá e da Groenlândia sem o uso de força militar ou coerção econômica, Trump respondeu: "Não posso garantir nada sobre ambos. Mas posso dizer isso: precisamos deles para a segurança econômica."

 

"Pode ser que você tenha que fazer alguma coisa. O Canal do Panamá é vital para o nosso país", disse. "Precisamos da Groenlândia para fins de segurança nacional."

 

Veja onde fica o Golfo do México, que Trump promete mudança de nome para 'Golfo da América'. — Foto: Equipe de arte/g1

Veja onde fica o Golfo do México, que Trump promete mudança de nome para 'Golfo da América'. — Foto: Equipe de arte/g1

Oriente Médio

Trump ameaçou mais de uma vez o Hamas, dizendo que "vai abrir as portas do inferno no Oriente Médio" caso os reféns israelenses mantidos pelo grupo terrorista em Gaza não tenham sido libertados até ele assumir o cargo, em 20 de janeiro. Ele já havia utilizado a expressão "all hell to pay", que pode ser traduzida como "haverá um sério problema" ou "vão pagar caro".

"Se os reféns não estiverem de volta até o momento em que eu assumir o cargo, o inferno irá se desencadear no Oriente Médio, e isso não será bom para o Hamas e, francamente, não será bom para ninguém", disse o republicano.

O enviado especial de Trump para o Oriente Médio, Steve Witkoff, disse nesta terça estar "muito esperançoso" por boas notícias sobre os reféns até a posse de Trump.

Outros assuntos

Durante a coletiva, Trump voltou a criticar o presidente Joe Biden. Afirmou que o democrata "não sabe fazer nada" e que a guerra da Ucrânia não teria ocorrido se ele fosse presidente. O republicano acrescentou que o conflito tem a possibilidade de escalar.

Trump também mencionou outros tópicos geopolíticos durante sua coletiva. Veja alguns abaixo:

  • Criticou os juízes de Nova York, principalmente Juan Merchan, à frente do caso criminal em que ele foi condenado do dinheiro pago à atriz pornô.
  • Afirmou que revogará imediatamente a ordem assinada por Biden nesta semana que proíbe a exploração de petróleo em áreas da costa dos EUA.
  • Prometeu "perdões em massa", por exemplo no caso dos condenados pela invasão ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021.
  • Voltou a criticar a Otan, afirmando que o incentivo financeiro à aliança militar deveria ser 5% do nível atual.
  • Chamou de "falsas" as investigações do agente especial Jack Smith, parte de uma "caça às bruxas fraudulenta" contra ele. Smith, que desistiu das acusações após a eleição de Trump, foi proibido nesta terça (7) pelo Departamento de Justiça de publicar um relatório sobre seus achados.
  • Falou que os EUA estão entrando na "Era de ouro".
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