O Pachuca é o verdadeiro dono da América na temporada! O time mexicano não tomou conhecimento do Botafogo, campeão da Libertadores, e conquistou o mais novo Intercontinental Interamericano da FIFA. O torneio que nos lembra em partes a Internacional Soccer League e garante vaga da Challenger Cup, Copa dos Desafiantes.
Denominado Derby das Américas, o novo torneio intercontinental da FIFA é a nova competição que reunirá anualmente os campeões das confederações americanas, CONCACAF e CONMEBOL, decidindo quem representará o continente americano na Copa dos Desafiantes.
Com mudança que tornará a Copa do Mundo de Clubes da FIFA, iniciada em 2000, quadrienal, a FIFA decidiu reviver a proposta Copa Toyota, torneio amistoso extinto em 2004, que reunia o campeão sul-americano e o campeão europeu e no Brasil era tratado como um desafio mundial, mesmo excluindo todos os clubes das outras quatro confederações do planeta.
Para ressuscitar a ideia do torneio, sem excluir campeões continentais atuais, como o amistoso realizado pela Toyota fazia no passado, a FIFA decidiu criar uma série de intercontinentais, começando com o Desafio Intercontinental que reuniu o campeão da Oceania e da Ásia, vencido pelo Al Ain em setembro deste ano católico, o Desafio entre o vencedor desta Copa contra o Campeão da África, vencido pelo Al Ahly em outubro, também deste ano católico. O Derby das Américas, desafio que reúne o campeão da América do Sul, o Botafogo, com o campeão da Copa dos Campeões da CONCACAF, torneio eliminatório que reúne os principais melhores times da Copa das Ligas (Da América do Norte), Copa do Caribe, (América Central caribenha) e Copa Centro-Americana (América Central Continental) em jogo único.
O vencedor do Derby das Américas e do Desafio Oriental que reúne as confederações da Oceania, África e Ásia se enfrentam na Copa dos Desafiantes que ocorrerá no próximo o sábado. O Campeão participará da Copa Intercontinental da FIFA, contra o campeão da UEFA Champions League.
O Pachuca entrou em campo se aproveitando do desgaste do Botafogo, que veio das conquistas da Libertadores e do Campeonato Brasileiro, e decidiu poupar alguns titulares, o que proporcionou ao time mexicano não tomar conhecimento dos fluminenses.
Já na escalação, Artur Jorge deixou claro que o Botafogo precisava de fôlego. Ao deixar Alex Telles, Marlon Freitas, Savarino e Almada no banco, o treinador optou por uma melhor condição física que acabou sendo importante para equilibrar um primeiro tempo de muitas disputas de corpo e correria.
O Pachuca tentou subir a pressão, dificultar a saída de bola, e o Botafogo tratou de apostar em bolas longas para Luiz Henrique e Matheus Martins. O resultado foi uma etapa inicial sem muita emoção.
Mesmo assim, o time brasileiro ainda conseguiu segurar o primeiro tempo, mas no início do segundo tempo, Idrissi marcou um golaço, deixando os botafoguenses no chão, driblando dois adversários na área e mandando para a rede.
Foi o suficiente para Artur Jorge lançar sua tropa de choque. Júnior Santos, Marlon Freitas e Almada entraram em campo, pouco depois Savarino e Tiquinho também, mas nada foi capaz de fazer com que o Botafogo sequer lembrasse o time campeão da Libertadores e do Brasileirão.
Foi Almada quem deu passe displicente para que Pedraza interceptasse na entrada da área e servisse Deossa, que contou com falha de John para ampliar.
A desvantagem de dois gols fez com que o Botafogo se abrisse e oferecesse espaços para contragolpes. E o Pachuca os utilizou com eficiência. Rondón fez o terceiro e os mexicanos estiveram mais próximos de ampliar do que o Botafogo de descontar. No fim, o 3 a 0 fez jus a quem teve mais perna e eficiência em Doha.
A derrota encerra uma temporada épica do Fogão, que superou gigantes brasileiros e conquistou a Taça Rio, o Campeonato Brasileiro e a Copa Libertadores, mas perde a oportunidade de conquistar três torneios inéditos criados pela FIFA.
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