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Após a Trivela publicar com exclusividade que o contrato entre Santos e Viva Sorte – empresa de título de capitalização – pelos naming rights da Vila Belmiro ainda não tinha sido assinado e toda a pressão da torcida nas redes sociais, clube e empresa formalizaram, entre o final tarde e o início da noite desta terça-feira (27), um acordo para que o estádio passe se chamar Vila Viva Sorte.
Diferentemente do que disse Renato Ambrósio, proprietário da Viva Sorte, em entrevista ao GE, a não assinatura ia além do memorando de intenções que o Peixe tem com a WTorre, que negocia a hipotética construção de um novo estádio alvinegro. A relação entre Santos e construtora esfriou nos últimos meses em razão dos seguidos pedidos de mudanças no projeto por parte do Peixe.
Segundo as informações obtidas pela Trivela, clube e empresa tinham, até o momento da publicação da matéria desta terça-feira, apenas uma “carta acordo” firmada.
Esse documento viabilizou a entrada de aproximadamente R$ 2 milhões nos cofres alvinegros que estão sendo usados como parte do pagamento para a exposição da marca da empresa nas bermudas do uniforme da equipe profissional e na camisa da comissão técnica do Peixe, além da criação de um título de capitalização que usa o nome do clube, o Viva Sorte Santos.
Os contratempos entre Santos e Viva Sorte tiveram início quando o presidente do Peixe, Marcelo Teixeira, confirmou em reunião do Conselho Deliberativo, dia 12 de agosto, a informação antecipada pela Trivela, de que havia encaminhado a venda dos naming rights para a empresa.
Na oportunidade, inclusive, o mandatário revelou que o contrato teria dez anos de duração e que o Santos receberia anualmente cerca de R$ 15 milhões pelo negócio.
A afirmação de Teixeira, na ocasião, desagradou os representantes da Viva Sorte.
Posteriormente ao anúncio informal no Conselho Deliberativo, o Santos resolveu colocar o pé no freio em relação à assinatura de contrato pelos naming rights, para evitar problemas com a WTorre por conta do memorando de intenções assinado na gestão do ex-presidente Andres Rueda.
Receoso com ações jurídicas no futuro, o Peixe, por meio de sua diretoria, optou por ajustar alguns detalhes no acordo com a Viva Sorte para resguardar todas as partes. Diante disso, a venda dos naming rigths não terá mais 10 anos de duração.
Sob a justificativa de que esses detalhes não atrapalhariam a parceria e já com a carta acordo assinada para o recebimento de aproximadamente R$ 2 milhões, o Santos, minutos antes do início da derrota por 1 a 0 para o Avaí, em casa, pela Série B do Campeonato Brasileiro, optou por emitir uma nota à imprensa informando que o estádio, a partir daquele instante, se chamava Vila Viva Sorte.
Durante aquela partida, todo e qualquer anúncio feito pelo sistema de som do estádio vinha seguido do novo nome do estádio.
— Vila Viva Sorte informa… substituição no Santos: sai Serginho para a entrada de Billy Arce — disse, por exemplo, o locutor em determinado momento do jogo.
Mas o torcedor mais atento que compareceu ao empate por 0 a 0 com o Amazonas, no último sábado (24), percebeu que tal procedimento não se repetiu.
Em nenhum momento do confronto com a equipe manauara foi proferido pelo sistema de som da Vila Belmiro. E isso não foi apenas uma coincidência, mas sim determinação.
Procurado pela Trivela na manhã desta terça-feira, o Santos, por meio de sua assessoria de imprensa, confirmou que o contrato ainda estava sendo formalizado e enquanto tudo não fosse devidamente acertado, o estádio seguiria se chamando Vila Belmiro.
Diante de toda a repercussão negativa e críticas da torcida nas redes sociais, o clube tratou de ajustar as cláusulas com a empresa e oficializar o acordo urgentemente e promete, agora de verdade, sem cancelamentos repentinos, apresentar o novo parceiro em entrevista coletiva nos próximos dias ou semanas.
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