Na terça-feira (30) o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu em Brasília a coronel Neidy Nunes Barbosa, para ato de filiação. O próprio ex-presidente confirmou Neidy como vice do pré-candidato tucano Beto Pereira (PSDB), firmando aliança vista como negativa por outros representantes do partido.
Em vídeo, o ex-presidente confirmou o apoio ao PSDB, com a coronel Neidy como vice “na minha cota”, pontuou Bolsonaro. Também estavam na reunião o Tenente Portela, que desistiu da pré-candidatura para apoiar o PSDB, e os tucanos Reinaldo Azambuja, Beto Pereira e Eduardo Riedel.
“Vamos fazer de Mato Grosso do Sul, pela política, um dos melhores estados do Brasil, se Deus quiser”, finalizou ainda o ex-presidente antes de assinar a filiação de Neidy. Em nota do PL, também foi confirmada a participação da coronel na convenção municipal, na sexta-feira (2).
Diferentemente de Campo Grande, em Ponta Porã o partido, que participou de toda administração do atual prefeito Eduardo Campos, inclusive possuindo secretarias na administração municipal tucana, decidiu romper com a aliança e lançar candidatura própria. Pompílio Jr será o candidato da extrema-direita no munícipio.
Frente Ampla
Enquanto em Ponta Porã, o PL se divide entra a candidatura extremista isolada e traem a aliança com o PSDB, que no município contará com o apoio do PP, representando a direita. Pré-candidatos como Carlos Bernardo (PDT), de centro, Edinho Quintana (PT), de centro-esquerda, e Álvaro Soáres (Podemos), representante de outro seguimento da direita, prometem se unir em uma candidatura ampla e frente única.
Este cenário deve levar o eleitor pontaporanense a ter três opções para votar na direita, uma que representa a aliança com tucanos, uma que reprsenta um diálogo democrático inclusive com a esquerda e uma terceira via radical que representa o extremismo derrotado em 2022, e diferete da campanha vitoriosa que levou Bolsonaro a vitória em 2018, reunindo todos os grupos que representavam anti-petismo (ideologia que se coloca contra a ampliação de direitos dos menos favorecidos) na ocasião.
Aliança mantida em Dourados
A pré-candidata à Prefeitura de Dourados, Gianni Nogueira, esposa do deputado federal Rodolfo Nogueira (PL) também teria retirado o nome da corrida eleitoral, para apoiar o PSDB, após o acordo entre os partidos.
Desta forma, sairia como vice de Marçal Filho (PSDB), que será oficializado pré-candidato no sábado, durante convenção do partido em Dourados. Membros do diretório confirmaram a determinação de Bolsonaro para que Gianni desista da candidatura.
Também para que ela e o marido apoiem o candidato Marçal do PSDB, ligado ao grupo de Reinaldo Azambuja.
Independência
Os arranjos eleitoreiros feitos por Bolsonaro e pelo PL devem levar o eleitor extremista a uma indepência e analistas apontam que o eleitor extremista não deva acompanhar o PL nos locais onde a aliança com os tucanos for mantida, o que deve dividir a direita e a extrema-direita.
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