A servidora acusada de envolvimento em esquema de fraudes no Detran (Departamento Estadual de Trânsito) foi presa e já está na unidade penal feminina, Irmã Irma Zorzi.
A investigação aponta que Yasmin Osório Cabral conseguia, de forma clandestina, a senha de outros servidores, com elas acessava o sistema para identificar caminhões com restrições e passava as informações para o despachante David Cloky Hoffman Chita.
A equipe do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) esteve no condomínio onde Yasmin mora, no Bairro Tiradentes, em Campo Grande, na noite de sábado (6), mesma data em que o mandado foi expedido, e deram cumprimento à ordem judicial.
A servidora foi levada para cela da 2ª Delegacia de Polícia Civil e depois encaminhada para o Estabelecimento Penal Feminino Irmã Irma Zorzi, no Bairro Coronel Antonino. A reportagem tentou contato com a delegacia responsável pelo caso e com o advogado de Yasmin e aguarda o retorno.
Investigação – O esquema foi descoberto após uma denúncia de um servidor do órgão que notou irregularidades em 29 liberações administrativas no sistema de informações do Detran. As liberações ocorreram em duas datas: 2 em 9 de fevereiro de 2024 e 27 em 15 de fevereiro de 2024. Todas foram associadas ao uso de seu login e senha, sendo que o servidor não estava no órgão ou realizou as ações nesses dias.
Além disso, as liberações divergiam do padrão adotado pelo servidor, limitando-se a frases genéricas como "OK VISTORIA". Com as suspeitas, foi instaurada uma investigação preliminar, que apontaram que as 27 liberações indevidas de 15 de fevereiro foram realizadas em um computador usado pela servidora comissionada Yasmi.
Ela havia pedido ajuda ao servidor para realizar uma consulta no sistema e acabou utilizando seu login e senha, que ficaram logados no computador. Foi identificado que um dia antes da fraude (14 de fevereiro), os documentos dos veículos foram baixados por despachantes: 25 veículos por David, 1 por Hudson Romero Sanches e Edilson Cunha, que pertenciam ao mesmo escritório despachante.
No dia seguinte, David e Hudson tentaram acessar novamente os documentos veiculares, sugerindo uma conexão entre os despachantes e as baixas indevidas. Conforme relatório da investigação policial, David, apontado com líder do esquema, mantinha um relacionamento amoroso extraconjugal e pagava Yasmin pelos serviços prestados.
Ela recebeu um iPhone 15 Pro Max entregue em uma cesta dentro do Detran-MS, joias, eletrônicos como ar-condicionado e televisão, além de valores em dinheiro via Pix. A investigação corre em sigilo e David continua foragido. - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS
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